Atualmente, diversos profissionais estão adotando o humor e as “Dancinhas TikTok” como estratégia para divulgar seus serviços, habilidades e conhecimento na área em que atuam. O que motiva esses profissionais a adotarem estes comportamentos para a exposição de si nos meios digitais? Quais são os desdobramentos deste fenômeno para o profissional e sua audiência?
Partindo deste cenário, o co-fundador e estrategista digital da Deepz, Marcel Ayres, colaborou com a reportagem do jornal Metrópole sobre a “TikTokerização” enquanto estética para o Self Branding.
Você pode conferir a reportagem completa clicando aqui (página 13).
Algumas reflexões
A adoção das “dancinhas TikTok” como forma de expressão de si em plataformas digitais pode ter uma relação com um fenômeno denominado como “Midiatização Profunda“. Para alguns pesquisadores da Comunicação e Cultura Digital, como Andreas Hepp e Nick Couldry, a Midiatização Profunda seria um processo no qual diferentes elementos do nosso mundo social estariam intrinsecamente relacionados com as plataformas digitais e suas infraestruturas. O próprio Hepp apresentou em seu livro de 2019 “Deep Mediatization” o conceito de “Coletividades de Plataforma” que seria, grosso modo, um grupo de indivíduos que compartilham um senso de pertencimento significativo que fornece base para ações em comum. Ou seja, neste cenário, os indivíduos são moldados e moldam as plataformas onde se expressam para outros (Ex.: Instagram, TikTok e outras).
Um ponto importante de reflexão para quem deseja se apropriar da estética TikTok para produzir conteúdos profissionais é avaliar se este tipo de linguagem faz sentido para sua audiência e para a imagem que deseja projetar de si para esta audiência. Se há essa convergência entre a expectativa do público e a imagem de si que se deseja apresentar, a linguagem (a dancinha no caso) deixa de ser um problema e pode ser uma solução para apresentar um bom conteúdo.
Contudo, é importante acompanhar as tendências sem cair na armadilha do FOMO (Fear of Missing Out). Não há uma forma única de se expressar. Dentro ou fora das redes sociais digitais, os profissionais devem buscar alternativas que façam sentido para o objetivo do que desejam comunicar, apresentando suas competências/habilidades da forma que se sentem mais confortáveis e capazes.
Estamos em um enorme cassino com cara de parque de diversões.
Quem tem a iniciativa de gerar novos games, com regras – ainda que incipientes – criam tendências do que quaisquer corpos podem realizar, com dancinhas integradas às caixas de texto, detre outros recursos que s app fornecem. É uma simplicidade complexa, tal qual um titereiro que enxerga além dos horizontes razões indiretas à direção do circo que se cria. Quem conseguir fazer ingressar às suas arenas as suas audiências, as verão sorrindo, voltando às suas casas – mesmo que permaneçam dentro – fomentando o aumento dos fundos de capitais simbólicos, sociais e mesmo financeiros.
É um fingir brincar divertido pra algiuém… é um pão no circo…até a próxima atração ou circo chegar
Abraço meu irmão .