Que o áudio deixou de ser tendência para se transformar em realidade, nossa prática de utilização de meios e formatos de comunicação pode confirmar. Até outro dia, entretanto, começávamos a nos habituar com formatos que passaram a se consolidar. Aquele famoso “audião” do WhatsApp, um podcast interessante do tema que você pesquisa, os comandos de voz para a Alexa.

O que ninguém tinha claramente no radar era o surgimento do Clubhouse. Para quem não conhece ou não viu nada a respeito até agora, trata-se de uma mídia social que permite criar grupos de discussão e salas de bate-papo por voz. 

Em poucos dias, após lançamento aqui no Brasil em fevereiro deste ano, o app virou uma febre e a demanda explodiu. Por enquanto, a plataforma está disponível somente para quem tem smartphone com o sistema operacional iOS (Apple) – sem dúvida uma restrição importante se contarmos que em países como o Brasil, o Android tem liderança com folga na penetração entre os usuários. 

O pico no Brasil, em meados de fevereiro, arrefeceu. Talvez e especialmente pela indisponibilidade da plataforma para dispositivos com sistema operacional Android. Ou seria só mesmo uma onda passageira, um hype que não se sustentaria ao longo do tempo? 

Fonte: Google Trends – resultado de busca pela palavra Clubhouse no Brasil nos últimos 90 dias

De toda forma, fez as grandes companhias do segmento digital correrem atrás do prejuízo. Na sequência, o Twitter anunciou o Spaces, que traz a mesma lógica do Clubhouse.

O Facebook resolveu seguir o bonde. O LinkedIn informou que pretende ter um serviço para competir neste universo. E até o Spotify quer entrar na disputa com o seu Locker Room.

O efeito Clubhouse vai pegar? Ainda é cedo para afirmar, mas vamos acompanhar a evolução dos serviços das demais companhias que, afinal, contam com uma adesão gigantesca de usuários ao redor do mundo.